Nesta obra inédita, Andréa Pires Rocha vem preencher uma lacuna que tem sido mantida, no âmbito do Serviço Social, das profissões e da sociedade brasileira, em relação aos estudos referentes à ampla e impune destruição de jovens considerados «não recomendados» para a sociedade. Nesse sentido, com indignação e sensibilidade, Andréa aborda a complexidade da questão do juvenicídio situado nas esferas estruturais e superestruturais da sociabilidade burguesa, na ótica do estado capitalista, da juventude e do Serviço Social. É uma leitura obrigatória e investigativa para quem deseja desvendar e conhecer mais profundamente o lugar do racismo e da guerra às drogas como parte constituinte do juvenicídio brasileiro. Mostra, por dentro, como ocorre a segregação dos jovens nas prisões em nome da guerra às drogas, e aponta os necessários e urgentes combate e enfretamento ao juvenicidio. O momento histórico em que vivemos exige que o Serviço Social, assim como outras profissões, coloque-se em defesa da vida dos jovens brasileiros, dos direitos humanos de todas as gerações, especialmente aquelas que sofrem violências e violações motivadas pelo racismo, pela orientação sexual, pela identidade de gênero ou pela desigualdade social, forjadas na formação social e histórica do Brasil e na particularidade dos processos de produção e de reprodução da questão racial, da questão social e do capital.
Boa Leitura!