De um encontro afortunado, os organizadores desta coletânea reuniram pesquisas que comunicam a complexidade das infâncias instigando-nos a investir nos saberes das próprias crianças, não para reafirmar as incapacidades que a elas foram atribuídas, mas para destacar um conjunto de peculiaridades positivas que diferem as crianças dos adultos. Autoras e autores engajam-se num caminho não linear, com bifurcações que desnaturalizam, problematizam, informam, traduzem e refletem criticamente que a negação ou aceitação das “vozes” infantis depende exclusivamente das concepções de criançae de infância assumidas em um dado contexto histórico-cultural. Concepções que são recentes e nos exigem construir metodologias não convencionais, desafiando-nosa refletir como percebemos as experiências das crianças, os modos como elas participam dos contextos educativos e como estão sendo chamadas para participarem das pesquisas na contemporaneidade.