Em Morte e diabo (1905), o último drama da trilogia teatral Lulu, subtitulada como Dança da morte em três cenas, temos o que pode ser uma ficção, mas, no entanto, é uma verdadeira expressão dos pensamentos de Wedekind sobre a vida representada na tragédia do monstro de O espírito da terra e A caixa de Pandora.
Alguns críticos não consideram este drama parte de Lulu, talvez pela não linearidade ou pela falta da personagem central que morre ao final do segundo drama. A adaptação de Alban Berg para o libreto da ópera Lulu, com apenas os dois primeiros dramas, induz a essa concepção, assim como o filme de Georg Wilhelm Pabst, Pandora's Box. No entanto, o marquês Casti-Piani, personagem também presente no segundo drama, e a alma petrificada da jovem prostituída, refém da estrutura social retratada pelo autor, fazem a conexão entre os três dramas.
As primeiras peças de Wedekind tiveram uma profunda influência nas técnicas dramáticas posteriores: tanto os dramaturgos expressionistas quanto Brecht se basearam em suas noções de performance e encenação. A escrita de Wedekind, que Finney vê como uma «mistura incomum de elementos satíricos, grotescos e trágicos», combinou diversos modos de apresentação conflitantes, trabalhando para colocar o espectador em uma posição bastante desconfortável, antecipando o vindouro Expressionismo. Como ator, Wedekind estava bem familiarizado com as dificuldades de apresentar seus dramas no palco. Em particular, o uso que fazia de gestos corporais e a ênfase na presença física tornaram-se elementos vitais de práticas teatrais posteriores, particularmente em Brecht, como Kuhns explica:
Claramente, a técnica física de Wedekind no palco antecipa os princípios de encenação