O judaísmo moderno corresponde aos diversos esforços de traduzir a tradição judaica rabínica em conceitos e valores da modernidade. Esta tradução não foi somente intelectual, mas, fundamentalmente, prática. Significou o abandono da auto-organização comunal e a autonomia cultural e judiciária dos judeus que o rolo compressor do Estado moderno não podia suportar. Na visão dos defensores da causa judaica na Revolução Francesa, a emancipação política dos judeus passava pela emancipação do judaísmo. Os “vícios” judaicos — hábitos alimentares repulsivos; misantropia — eram generosamente explicados como se fora efeito do isolamento a que foram condenados. A integração na sociedade permitiria uma rápida “regeneração” do povo judeu.
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