Digo, pois, que nos Estados herdados e sujeitos ao sangue de seus príncipes as dificuldades em mantê-los são bem menores que nos Estados novos, porque basta não preterir a ordem sucessória da estirpe e contemporizar com os imprevistos, de modo que, se tal príncipe for dotado de um engenho mediano, sempre se manterá no poder, a menos que uma força desmedida e excessiva o prive dele; e, uma vez privado de seu Estado, ao primeiro revés sofrido pelo usurpador, logo o reconquistará.